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Reitor Alfredo Gomes anuncia medidas de contenção e racionalização administrativa
Para concluir o ano, ainda serão necessários mais R$ 23,9 milhões para os meses de novembro e dezembro

O reitor Alfredo Gomes anunciou hoje (terça, 8), em entrevista coletiva, uma série de ações e medidas de contenção e racionalização administrativa, para adequar as despesas aos recursos orçamentários disponíveis, entre elas a redução de 1/3 dos 68 contratos vigentes, em percentuais que variam de 10% a 25%. Segundo ele, mesmo com estas medidas, a verba só será suficiente até o mês de outubro. Para os meses de novembro e dezembro, será necessária uma suplementação de recursos na ordem de R$ 23,9 milhões.
Para o ano de 2025, inicialmente, o orçamento aprovado foi de R$ 170 milhões. Em junho, o governo federal recompôs o orçamento em mais R$ 7,9 milhões. Contudo, estes valores não cobrem a necessidade mensal da UFPE, que está em torno de R$ 17 milhões por mês.
Além da redução nos contratos, também foram anunciadas as seguintes medidas: a suspensão dos editais de fomento (graduação, pós-graduação, extensão, pesquisa e inovação), a redução de diárias e passagens, a suspensão dos editais de capacitação e a suspensão parcial das atividades didático-pedagógicas na graduação (serão aprovadas apenas aulas de campo consideradas imprescindíveis). Não serão afetadas pelo corte as bolsas de assistência estudantil, as demais bolsas ofertadas aos estudantes e o funcionamento dos restaurantes universitários do Recife e de Caruaru. “Nós não vamos reduzir as bolsas da assistência estudantil, porque a gente tem como política uma política muito expressiva de manutenção dos nossos estudantes. Mais de 50% dos estudantes da nossa universidade são estudantes provenientes das escolas públicas e também do sistema de cotas”, disse o reitor Alfredo Gomes.
Ao lado do vice-reitor Moacyr Araújo, da pró-reitora de Planejamento Orçamentário e Financeiro, Helen Frade, que detalhou os números dos orçamentos e as medidas anunciadas, e da assessora Marinne Fialho, o reitor expôs a situação vivenciada na UFPE e que afeta todas as universidades brasileiras, que é a do subfinanciamento. A título de comparação, ele destacou que, em 2014, o orçamento executado foi de R$ 213 milhões, superior em R$ 35 milhões ao aprovado para 2025, mais de uma década depois. Caso fosse aplicada a inflação neste período, o valor de 2014 seria de quase R$ 400 milhões.
“Já existe por parte do Ministério da Educação uma iniciativa para que a gente possa, de fato, estabelecer critérios para o orçamento das universidades federais. É importante que a gente possa garantir a longevidade das universidades federais públicas, locais que produzem 95% da pesquisa no país. A Andifes, a Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino, também tem uma demanda de uma política para o orçamento das universidades federais públicas, para que não fiquemos, todos os anos, sem saber o quanto será dedicado à educação superior pública no país”, afirmou o reitor Alfredo Gomes.
Moacyr Araújo aproveitou para dizer que as dificuldades orçamentárias vivenciadas pelas universidades não são apenas responsabilidade do Poder Executivo federal, mas também do Poder Legislativo. “A responsabilidade é do Legislativo também. E grande parte deste orçamento que seria dedicado às universidades federais públicas brasileiras, na verdade, foi sequestrado pelo Legislativo. É muito claro isso o que está acontecendo. Nós termos quase R$ 54,8 bilhões em emendas do Poder Legislativo. Esse valor equivale ao orçamento de 18 ministérios”, enfatizou.
SEM IMPACTO - No entanto, há ações da UFPE que não sofrerão impactos com o cenário orçamentário atual, visto que não são financiadas com recursos do chamado “orçamento discricionário”: as obras do Teatro da UFPE (que faz parte do projeto de Extensão “A Reforma do Teatro da UFPE: Construindo Arte e Cultura para a Sociedade”, custeadas por emendas parlamentares, as obras da 4ª Etapa do Centro Acadêmico de Vitória (CAV) e a construção do Centro Acadêmico do Sertão, em Sertânia, estas custeadas com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
Acesse aqui fotos da coletiva, de autoria de Widma Sandrelly/Ascom UFPE
*Foto de Widma Sandrelly / Ascom UFPE
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