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Reitor Alfredo Gomes abre XV Seminário Internacional do GCUB, no Recife
As atividades seguem até esta sexta (3), no Centro Cultural Cais do Sertão, no Recife Antigo

Por Petra Pastl
Teve início, na última terça-feira (30), a XVIII Assembleia Geral e o XV Seminário Internacional do Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB). O evento, que este ano tem como anfitriã a UFPE, tem uma programação de painéis, conferência, palestras e sessões plenárias em torno do tema “Democracia, Geopolítica e Cooperação Internacional Universitária: construindo pontes para a paz e a sustentabilidade global”. As atividades seguem até esta sexta-feira (3), no Centro Cultural Cais do Sertão, no Recife Antigo.
A solenidade de abertura do evento foi realizada na quarta-feira (1º), às 14h, e contou com a presença do reitor da UFPE e presidente do GCUB, Alfredo Macedo Gomes; da secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Mauricélia Montenegro, representando a governadora Raquel Lyra; da coordenadora-geral da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), Lúcia Capelloto, representando o ministro da Educação, Camilo Santana; da reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), professora Maria José de Sena; da reitora da Universidade de Pernambuco (UPE), professora Maria do Socorro Cavalcanti; da presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), professora Márcia Angela da Silva Aguiar; da diretora-executiva do GCUB, Rossana Valéria de Souza e Silva; e do embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra.
Acesse aqui o álbum de fotos do evento, de autoria de Widma Sandrelly, da Ascom UFPE.
Em sua fala, o reitor Alfredo Gomes destacou a relevância do encontro internacional no atual cenário global. “A universidade é um espaço de diálogo e cooperação. O GCUB simboliza a capacidade das instituições de ensino superior de promover pontes entre países, culturas e sistemas educacionais, reafirmando o papel da ciência e da educação como fundamentos para a democracia e a paz”, afirmou.
Na ocasião, também foram firmados memorandos de entendimento entre universidades brasileiras e estrangeiras. Assinaram acordos de cooperação interuniversitária o professor Zoran Tomic, reitor da Universidade de Mostar, e o professor Paulo César Montagner, reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em seguida, foi celebrado protocolo entre a Universidade de Parma, representada pelo reitor Paolo Martelli, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), representada pela vice-reitora Cássia Curan Turci, que também participou da assinatura de cooperação com a Universidade de Teramo, representada pelo reitor Christian Corsi.
Às 16h, teve início a Sessão Plenária 1 – “Democracia, Geopolítica e Cooperação Internacional Universitária: Construindo Pontes para a Paz e para a Sustentabilidade Global”, mediada pelo reitor da UFPE e presidente do GCUB, Alfredo Gomes. O painel contou com a participação do professor Carlos Gilberto Carlotti, reitor da Universidade de São Paulo (USP); da embaixadora Beatriz Elena Paredes Rangel, ex-representante diplomática do México no Brasil; e do professor Rui Oppermann, diretor de Relações Internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Durante sua exposição, o professor Rui Oppermann ressaltou a importância da cooperação acadêmica em um cenário de desafios globais. “A ciência não pode estar restrita a fronteiras nacionais. Precisamos fortalecer as redes de cooperação internacional para dar respostas conjuntas aos problemas que enfrentamos, da sustentabilidade à defesa da democracia. E cooperação é muito mais do que apenas mobilidade acadêmica. Podemos trocar mobilidade por cooperação. Nós não precisamos mais nos qualificarmos apenas com ir ao exterior, nós podemos cooperar. E cooperar qualifica também”, destacou. Oppermann mencionou a retomada de programas como o Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG) e a participação na rede Brics de Universidades, além do novo programa de cooperação, o Capes Global.
Já o reitor Carlos Gilberto Carlotti destacou a importância da atuação das universidades em momentos de crise democrática no Brasil, ressaltando o papel de liderança das universidades em movimentos da sociedade civil em defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito.
“Fizemos um grande ato em 11 de agosto, chamamos várias entidades, grandes pensadores brasileiros, sociedade civil, universidades e fizemos a leitura de uma carta aos brasileiros e brasileiras, semelhante a como o professor Godofredo da Silva Teles tinha feito durante o período da ditadura militar. E outro ato, no dia 9 de janeiro, após a invasão de Brasília. As universidades, junto com a sociedade civil, se mobilizaram para mostrar que o país não aceitaria as condições impostas por essa invasão”, afirmou.
A embaixadora Beatriz Elena Paredes Rangel compartilhou reflexões sobre a importância da educação e da universidade, destacando a educação como a “força que transforma e dá sentido à civilização”. Paredes abordou a origem da cultura e da dialética entre indivíduo e sociedade, ressaltando a importância da consciência e da memória para a existência humana.
“As universidades são a memória sistematizada da civilização humana, são sínteses e plataformas das sociedades, transmitindo conhecimento através de gerações. Por isso, reivindico o valor de educadores como Paulo Freire e a importância da autonomia universitária”, conclui.
A programação do encontro segue até esta sexta-feira (3), com sessões plenárias, painéis temáticos e encontros institucionais, consolidando o Brasil e, em especial, a UFPE, como protagonistas nas discussões sobre o papel das universidades na promoção da paz, da sustentabilidade e da cooperação internacional.
*Foto de Widma Sandrelly / Ascom UFPE