O Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da UFPE vai ofertar, a partir do semestre 2025.2, a disciplina Saúde e Medicina Indígena, voltada para estudantes de diferentes áreas do conhecimento. O objetivo é proporcionar subsídios teóricos e práticos para compreender a diversidade étnica do Brasil, com foco especial nas populações indígenas do Nordeste, e estimular reflexões sobre a atenção diferenciada prevista na Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), de 2002.

Serão disponibilizadas 20 vagas, sendo dez exclusivas para estudantes de Medicina, núcleo ofertante, e as demais distribuídas entre os demais cursos do CAA. A abertura para diferentes áreas foi pensada como estratégia para fortalecer o diálogo interdisciplinar, essencial para compreender os desafios e contribuições técnicas relacionados à saúde indígena.

A disciplina terá carga horária de 45 horas, com 30 horas práticas e 15 horas teóricas. Entre os temas a serem discutidos estão interculturalidade, espiritualidade e saúde, território, medicinas indígenas e a própria PNASPI. A parte prática prevê uma visita a território indígena, possibilitando debates in loco com lideranças, especialistas indígenas e comunidades.

Para conduzir os encontros, o curso reunirá docentes de três campi da UFPE. Participam as professoras Janaína Campos e Amanda Vasconcelos, do CAA; René Duarte e Ana Lúcia Andrade, do Centro Acadêmico de Vitória; e Rafael Ximenes, do Departamento de Antibióticos do Campus Recife.

Segundo os organizadores, a disciplina busca ampliar a formação dos estudantes ao aproximá-los de realidades, saberes e práticas de saúde que integram a pluralidade cultural brasileira.