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Professor da UFPE apresenta Rede Pernambucana de Pesquisa e Inovação em Neurodiversidade em Fórum Nacional de Tecnologia Assistiva

Docente participou de evento em Brasília, na semana passada

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) teve participação de destaque no 2º Fórum Nacional de Tecnologia Assistiva, realizado em Brasília de 2 a 4 de dezembro. O professor Rafael dos Santos Henrique, do Departamento de Educação Física, coordenador da Rede Pernambucana de Pesquisa e Inovação em Neurodiversidade (REPPIN), foi palestrante no painel “Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Empreendedorismo”, onde apresentou a inovadora iniciativa que busca transformar o cuidado e a inclusão de crianças e adolescentes neurodivergentes no estado e no país.
 
O 2º Fórum Nacional de Tecnologia Assistiva, promovido por uma articulação interministerial que inclui o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o Ministério da Saúde (MS), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Ministério da Educação (MEC), reuniu gestores governamentais, representantes da sociedade civil, da academia e do setor produtivo. O principal objetivo do encontro foi debater a atualização do Plano Nacional de Tecnologia Assistiva (PNTA), que orientará as políticas públicas para o setor nos próximos anos e tem publicação prevista para 2026.
 
A Rede Pernambucana de Pesquisa e Inovação em Neurodiversidade (REPPIN) foi apresentada pelo professor Rafael Henrique. Trata-se de uma iniciativa pioneira que articula pesquisa acadêmico-científica, inovação e desenvolvimento tecnológico para mapear a neurodiversidade no estado de Pernambuco, subsidiar ações comunitárias e a elaboração de políticas públicas. A rede possui distinção pela abordagem colaborativa, interprofissional e intersetorial, unindo esforços para qualificar a atenção e promover a inclusão de crianças e adolescentes neurodivergentes, bem como de suas famílias e redes de apoio e comunidades.
 
“Nossa rede, que já conta com mais de 15 parceiros e 65 pesquisadores de Pernambuco, além de representações de pesquisadores e representantes de todas as regiões do país e de instituições do exterior, passa a ser uma das principais articulações para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social ligado à atenção e ao cuidado em neurodiversidade”, destacou o professor.

Financiada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe) e pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (Secti), a rede está vinculada ao programa Ipecti: Neurodiversidade na Infância e Juventude.
 
A REPPIN nasce para enfrentar desafios críticos identificados em Pernambuco, como a escassez de dados epidemiológicos, as dificuldades no diagnóstico precoce, a sobrecarga familiar e a fragmentação dos serviços de saúde e educação. Com uma estrutura organizada em três eixos estratégicos e sete áreas temáticas, o projeto visa levantar dados epidemiológicos de todo o estado, desenvolver tecnologias assistivas de baixo custo, criar plataformas de monitoramento participativo e sistemas de formação profissional para gerar impacto científico, social, econômico e político.
 
“A rede, que está apenas no início, promete uma forte articulação para garantir destaque ao estado de Pernambuco, por suas ações com alto grau de complexidade, inovação e aplicabilidade, mas também possui alto potencial de replicabilidade para o desenvolvimento de ações que terão impacto em diversos segmentos e abrangência nacional e internacional”, concluiu o coordenador.

Com a iniciativa, a UFPE e o estado de Pernambuco se posicionam como referência nacional na pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras para a neurodiversidade, construindo um futuro de maior inclusão, conhecimento e transformação social, aponta o pesquisador.

Mais informações
Professor Rafael dos Santos Henrique

rafael.shenrique@ufpe.br 

Data da última modificação: 09/12/2025, 14:10