O vice-reitor Moacyr Araújo esteve envolvido, nos últimos 30 dias, em duas importantes missões: viagem à Antártica, coordenando equipe de pesquisadores que atuou na coleta de dados essenciais sobre mudanças climáticas, oceanografia e biodiversidade marinha; e participação na COP30, como palestrante em várias atividades na Zona Azul e na Casa da Ciência do MCTI. Na Zona Azul, o destaque foi o lançamento, em diferentes pavilhões, dos Relatórios de Síntese do Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas (Simaclim), iniciativa central para integrar conhecimento, políticas públicas e ações de enfrentamento às mudanças climáticas.

Representando a UFPE, Moacyr Araújo, que é coordenador do Simaclim, participou do evento que apresentou a nova plataforma de Síntese Ambiental e Climática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), reforçando o papel estratégico da ciência brasileira na construção de soluções climáticas baseadas em evidências científicas sólidas. O Simaclim é financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), através do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

“A presença da UFPE na COP30 reafirma seu compromisso histórico com a ciência climática, a pesquisa oceânica, a conservação dos ecossistemas e o diálogo qualificado com a sociedade para a elaboração de propostas capazes de enfrentar a emergência climática e a busca por um futuro sustentável”, destacou o vice-reitor, que é docente do Departamento de Oceanografia da Universidade. Segundo ele, os relatórios do Simaclim consolidam informações essenciais sobre o Ponto de Inflexão do Sistema Florestal Amazônico, o papel dos Corais e das Florestas de Manguezais no cenário de alterações climáticas vividas atualmente, e a possibilidades de termos Cidades Verdes-Azuis Resilientes no Brasil. “Estes estudos reforçam a importância de integrar ciência, políticas públicas e ação climática para fortalecer a resiliência das comunidades, orientar investimentos e subsidiar tomadas de decisão baseadas em evidências”, afirmou ele.

ANTÁRTICA – Na expedição à Antártica, da qual participaram, pela UFPE, o vice-reitor Moacyr Araújo e o pesquisador Leonardo Bruto, do Centro de Estudos e Ensaios em Risco e Modelagem Ambiental (Ceerma), vinculado ao Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade, a equipe de pesquisadores de diversas instituições trabalhou na coleta de dados oceanográficos e atmosféricos que permitirão avaliar a evolução dos níveis de poluição por plástico na região e melhor compreender a contribuição da Antártica nas variações do clima e na ocorrência de eventos extremos no Brasil, em parceria com instituições nacionais e internacionais. A participação da UFPE se deu por meio do Projeto Mephysto 2, coordenado por Moacyr Araújo, que tem como foco o estudo da dinâmica do Oceano e Atmosfera Austral. 

Os dados e informações também servirão para ajustar os modelos matemáticos de previsão de eventos climáticos extremos, considerando os cenários atuais e futuros de mudança acelerada do clima. 

“A presença da UFPE no continente gelado é expressão viva de sua vocação: produzir conhecimento de fronteira com compromisso social e ambiental, conectando Pernambuco ao mundo em temas científicos urgentes”, enfatizou Moacyr Araújo.